quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011


Quantas pessoas vivem em prisões criadas por elas mesmas.Tenho refletido sobre a importância da presença, do contato, da convivência echeguei à conclusão de que muitas vezes vivemos tão dominados pelas nossasnecessidades, pelo "nosso eu" e por tudo que o envolve que esquecemos, nãopercebemos ou muitas vezes não damos o real valor às pessoas que, de alguma forma,fazem parte dessa nossa existência aqui e agora.


São coisas, momentos, pessoas passando em nossas vidas, e por nossas vidas, e nós,tão limitados, nem percebemos a beleza, o perfume e a cor de tudo e de todos. Nossoolhar e nosso viver estão tão sistemáticos e tão automáticos que perdermos momentossignificantes e oportunidades únicas.


Perdemos a oportunidade de ver folhas voando no tempo, cachorros farejantes em buscade novos encontros, flores abrindo-se prontas para serem percebidas. Perdemossignificativas oportunidades de ver e sentir o movimento do vento, a presença doamigo protetor, o sorriso depois de um abraço e o olhar carinhoso depois de um gestoamoroso.


Fico pensando nas marcas do choro, no reflexo do sorriso, na esperança do 'até maistarde', no significado de um 'tchau', na representação da frase 'fica com Deus' ou'vai com Deus'. São frases, palavras, expressões, coisas tão comuns que em muitosmomentos perdem o valor e o significado se tornando hábitos inexpressíveis.


É triste, mas fico pensando quantas pessoas vivem em enormes, fortes e frias prisõescriadas por elas mesmas. Quantas pessoas deixam de viver, deixam de respirar, deixamde amar, deixam de olhar, de sentir e de buscar. Quantas pessoas estão com seuscampos de visão tão limitados e individualizados que não conseguem ver "Além", ver ooutro, ver o próximo e ver seu próprio íntimo.



Quantas pessoas percebem tarde demais a falta, e aí só resta gritar, gritar egritar por aquilo que já está longe e por aquilo que já não é mais possível, afinala prisão já se materializou.


É preciso parar, respirar, olhar, sentir e buscar amorosos encontros e encantadoresmomentos. E isso não está longe, está na riqueza da natureza, na diversidade dafeira, no ecumenismo dos torcedores em final de Copa do Mundo, nos olhares que sãodirecionados a nós, nas palavras cotidianas, nos gestos simples, nos toquessinceros, na presença fiel e amorosa de um espírito amigo que quer, simplesmente,nos ver felizes, seguros e plenos.


É isso! Tenho certeza que se parássemos agora para olharmos em nosso envoltateríamos grandes surpresas.


Vale a pena tentar. Vale a pena perceber o quanto estamos gritando.




Para inspirar a busca de cada um segue este vídeo bem curtinho, bem sutil mas muitoforte.


Atenciosamente, Bianca Rodrigues.

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