quarta-feira, 4 de julho de 2012

Contra Intolerancia Umbandistas e juizes se reunem - Pastor e discípulo são condenados por intolerância religiosa






MOVIMENTO DA JUVENTUDE UMBANDISTA SE REUNE
COM  PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA RJ

Átila Alexandre Nunes e o deputado Átila Nunes reuniram-se com o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e vários outros juízes, solicitando agilização dos processos em tramitação naquela Corte que tratem de casos de intolerância religiosa.

Segundo Átila Alexandre Nunes, coordenador do Movimento da Juventude Umbandista, são muitos os casos em que ofensas aos umbandistas e candomblecistas são gravadas na internet impunemente, já que seus autores acreditam que nada lhes acontecerá. Para ele, isso estimula a violência física, resultando em apedrejamentos de terreiros, como foi o caso de um centro invadido no Rio por seguidores da seita Ministério Geração Jesus Cristo.

Para ele, jovens servem de instrumento de agressão nas mãos de falsos pastores que nada tem a ver com os verdadeiros evangélicos, já que muitos que se dizem pastores são pessoas desempregadas, que vislumbram a possibilidade de ganhar dinheiro com pregações religiosas baseadas na Bíblia. "Para isso, decoram meia-dúzia de salmos e trechos da Bíblia e saem pela rua arregimentando seguidores" – diz Átila Alexandre Nunes.

Segundo o coordenador do Movimento da Juventude Umbandista, "a maioria dessas pessoas é composta por gente simples, pobre, sem perspectiva, para os quais prometem a salvação eterna, uma vida repleta de prosperidade, palavra repetida exaustivamente, já que enche de esperança o fiel que doa dinheiro para a igreja". Átila A. Nunes afirma que esses falsos evangélicos têm uma coisa em comum: pregam que quanto mais dinheiro doarem ao templo (leia-se, o bolso do dirigente), mais prosperidade os incautos fiéis conquistarão.

Átila A. Nunes chama atenção para a gravidade do problema: "no meio daqueles infelizes desesperados que procuram por uma boia de salvação, sempre existem pessoas com distúrbios emocionais, esquizofrênicas, depressivas, muitos doentes mentais. Um falso pastor destilando ódio religioso diariamente na cabeça dessas pessoas - que não conseguem separar o real do imaginário –é um prato cheio para cenas de vandalismo e insanidade. Elas acabam se convencendo de que quem tem imagens de santos em casa são adoradoras do demônio"- destaca.

A preocupação de Átila A. Nunes é que essas pessoas - algumas com problemas mentais - sejam facilmente convencidas a fazerem justiça com as próprias mãos, isto é, tornam-se “justiceiros”, levando a “palavra de Jesus” numa cruzada de ódio e preconceito religiosos.

Depois da reunião com a direção do Tribunal de Justiça, o coordenador do Movimento da Juventude Umbandista, Átila Alexandre Nunes fará um levantamento de todos os processos de intolerância religiosa em tramitação no Estado do Rio. Colocou ainda à disposição dos nossos irmãos de fé, o telefone 21-24610055 para denúncias.



Jornal O Dia

Rio -  Um pastor e um discípulo da Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo foram condenados pela juíza Ana Luiza Mayon Nogueira, da 20ª Vara Criminal da Capital, por difundir, por meio da Internet, idéias de discriminação religiosa, ofendendo seguidores de outras religiões.




Tupirani da Hora Lores, o pastor, e Afonso Henrique Alves Lobato, o discípulo, pregavam através de blogs o fim da igreja Assembleia de Deus, além de praticarem intolerância religiosa contra judeus e afirmarem que as outras religiões são “seguidoras do diabo” e “adoradoras do demônio”. Eles também associavam a figura de pais de santo a homossexuais, menosprezando ambos.
De acordo com a sentença, em seu interrogatório, Afonso Henrique confirmou que sua religião prega que, “como discípulo de Jesus Cristo, deve acusar todos os outros conceitos em geral que são contrários ao Evangelho de Jesus Cristo (...), que não existe pai de santo heterossexual, pois todos são homossexuais; que homossexualismo é possessão demoníaca; que uma pessoa que está possuída pelo demônio não merece confiança; e que discrimina todas as religiões”. Ainda de acordo com a sentença, em nenhum momento os dois tentaram justificar suas condutas.

Tupirani foi condenado a duas penas restritivas de direito: prestação de serviço à comunidade e pagamento de dez salários mínimos em favor de uma entidade beneficente. Afonso Henrique foi condenado à prestação de serviço e limitação de fim de semana.

Um dos mais atacados por Tupirani foi o deputado Átila Nunes, autor da denúncia ao Ministério Público que resultou na condenação do pastor. Ele usou repetidamente vezes a internet para atacar Átila Nunes, não poupando ofensas pelo fato do parlamentar defender umbandistas e candomblecistas.

Átila Nunes lembra que o vídeo, já retirado da internet, mostrava um dos fanáticos que recebeu lavagem cerebral do "pastor" Tupirani, dirigente da chamada Ministério Geração Jesus Cristo, cujos seguidores que invadiram e depredaram o Terreiro Cruz de Oxalá no Catete no Rio de Janeiro.  O deputado, conhecido pelas suas posições em defesa dos cultos afros, disse que melhor caminho para reagir às agressões físicas e verbais é a Justiça. "Reagir com a mesma violencia igualará os nossos irmãos de fé no mesmo nivel dos fanáticos religiosos"- afirmou.





Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails