quarta-feira, 25 de abril de 2012

Oxumaré a verdade...

Oxumaré

Oxumaré é o Orixá que rege sobre a sexualidade e seu campo preferencial de atuação é o da renovação dos seres, em todos os aspectos. 

Oxumaré é um dos orixás mais conhecidos, e no entanto é o mais desconhecido dos orixás dentro da Umbanda, pois os médiuns só cultuam a orixá Oxum, que na linha do Amor ou da Concepção forma com ele a segunda linha de Umbanda.

O aspecto positivo de Oxumaré, que nos chega através das lendas dos orixás, é que ele simboliza a renovação. Isto é verdadeiro. E o aspecto mais negativo é que ele é andrógino, ou parte macho e parte fêmea. Mas isto não é verdade.

É inadmissível que uma divindade planetária tenha essas qualidades bissexuais, que só acontecem em seres com disfunções genéticas que provocam má formação, ou dupla formação dos órgãos sexuais, e em seres com desequilíbrios emocionais ou conscienciais que fazem com que, psiquicamente, eles troquem seus sinais mentais e invertam sua sexualidade.

Portanto, não tem sustentação alguns médiuns, com seus sinais sexuais trocados, alegarem que são homossexuais porque são filhos de Oxumaré e que ele é um orixá que por seis meses é macho e por seis meses é fêmea.

Seres humanos com má-formações emocionais, mentais, genéticas ou conscienciais, no afã de se justificarem, passam às divindades suas vicissitudes humanas e não atentam para um detalhe fundamental: com seus desequilíbrios, estão desfigurando divindades planetárias que existem no mundo desde que Deus o criou, que são imutáveis em sua natureza, seja ela masculina ou feminina, e que regem alguns sentidos dos seres humanos, mas também regem outras dimensões planetárias paralelas à dimensão humana da vida.

Logo, desumanizaram uma divindade que humanizou algumas de suas qualidades, atributos e atribuições somente para acelerar nossa evolução e nos conduzir pelo caminho reto.

Bastará um pouco de bom senso para detectar, nesta caracterização negativa de Oxumaré, uma justificativa de seres com desequilíbrios emocionais, mentais, conscienciais ou genéticos, já que uma divindade é de natureza positiva ou negativa, ativa ou passiva e masculina ou feminina, mas nunca possui as duas em si mesma.

Logo, que cultue um Oxumaré andrógino aquele que é desprovido do bom senso, certo?

“Quem não souber valorizar a religiosidade que o libertará da terra, então que pague caro pela religiosidade que o aprisionará num diletantismo materialista!”

Saibam que é isto que tem feito, e muito bem, este nosso irmão cósmico encarnado que, após ser afastado da Umbanda, criou todo um culto cuja doutrina, ao invés de pregar os valores maiores de Jesus Cristo, tem pregado, religiosamente, os seus próprios valores da “mais valia”. E também tem cobrado de seus fiéis seguidores o justo preço que ele estipulou: tudo o que puder tirar deles para usar em seu próprio benefício, ou de sua “igreja”. Que pague para cultuar Deus quem não aprendeu a amá-Lo e adorá-Lo de graça! Certo?

Oxumaré, tal como revela a lenda dos orixás , é a renovação contínua, mas em todos os aspectos e em todos os sentidos da vida de um ser. Sua identificação com Dá, a Serpente do Arco-íris, não aconteceu por acaso, pois Oxumaré irradia as sete cores que caracterizam as sete irradiações divinas que dão origem às Sete Linhas de Umbanda. E ele atua nas sete irradiações como elemento renovador.

Oxumaré é a renovação do Amor na vida das pessoas. E onde o amor cedeu lugar à paixão, ou foi substituído pelo ciúme, então cessa a irradiação de Oxum e inicia-se a dele, que é diluidora tanto da paixão como do ciúme. Ele dilui a religiosidade já estabelecida na mente de um ser e o conduz, emocionalmente, a outra religião, cuja doutrina o auxiliará a evoluir no caminho reto.

Ou não é comum os testemunhos dados pelos neo-convictos no púlpito dos pastores mercantilistas, que dizem quase todos isto:



“Irmãos, quando eu freqüentava a Umbanda, eu fornicava, traía minha esposa e irmãos, gastava meu ordenado no jogo e nas bebidas, mentia, mas desde que me converti e me entreguei a Jesus, tudo em minha vida mudou. Hoje vivo para minha esposa e filhos, e para Jesus!”.

Sem dúvida, concordamos nós. Mas... porque o mesmo irmão não ouviu os conselhos recebidos nos centros de Umbanda, que, se seguidos corretamente, o teriam conduzido pelo caminho reto?

Não, ele não só não deu ouvidos às orientações dos guias e dos pais e mães espirituais, como deu vazão ao seu emocional e deu início ao mau uso do que aprendia dentro de uma religião magística por excelência, quando solicitava aos Exús que fechassem os caminhos de seus desafetos em todos os campos da vida, além de pedir outras coisas, tais como: mulher, dinheiro, posses, etc.

E ele não diz que nasceu numa família católica e cristã, mas porque era um relapso para as coisas da fé, foi até a Umbanda para ver se nela se emendava.

Como não conseguiu, logo acabou retomando ao reformatório religioso de Jesus Cristo. Pois é isto o que são as igrejas evangélicas: reformatórios religiosos onde nosso amado mestre Jesus recolhe os que nasceram sob sua irradiação luminosa mas não souberam captá-la da forma passiva como ela é passada pela Igreja Católica. Ele, que é bondade, amor e misericórdia, os conduz às divindades naturais (que são os orixás), os conduz ao espiritismo e a muitas outras doutrinas para ver se encontram uma onde suas naturezas ativas absorvam irradiações luminosas. Mas, quando vê que eles não se adaptam em nenhuma delas, ativa seu pólo cósmico, e um de seus aspectos negativos logo os arrasta para um de seus reformatórios religiosos, para que eles voltem a trilhar o caminho reto. E se o aspecto negativo ativado não conseguir reconduzi-los ainda na carne, não desistirá, mesmo depois de desencarnar.

Renovação, eis a palavra chave que bem define o divino Oxumaré que, em seu aspecto negativo, tem um mistério escuro chamado por nós de “Sete Cobras” ou “Sete Caminhos Tortuosos”, que é por onde transitam todos os seres que saíram do caminho reto e entraram nos desvios da vida, que sempre conduzem aos caminhos da morte.

Bem, já falamos sobre vários aspectos do nosso pai Oxumaré e de nossa amada mãe Oxum, que formam um par energético, magnético, vibratório que dá formação à segunda linha de Umbanda, que é a linha do Amor ou da Concepção. Como dissemos, se nos estendêssemos daria um volumoso livro. Por isso encerramos aqui nosso comentário.

(Texto extraído do livro “O Código de Umbanda”, de Rubens Saraceni).





Oferenda em louvor ao Pai Oxumaré



Uma vela branca, uma vela azul, uma vela verde, uma vela dourada, uma vela vermelha, uma vela roxa, uma vela rosa, uma vela marrom terroso.

Colocar no centro um melão aberto numa das pontas e derramar dentro dele um pouco de champagne rosé; o resto deve ser deixado na garrafa dentro do círculo de velas coloridas.

Façam esta oferenda próximo de uma cachoeira.

Acender a vela branca e circulá-la com as sete velas coloridas, guardando uma distância de 30 cm entre o centro e o círculo colorido. Deve-se, então, circundar as velas com flores multicoloridas e invocar Oxumaré, solicitando dele o que se deseja, mas que seja justo para que acelere suas evoluções, já que, se pedirem coisas tortas, uma “serpente” começará a segui-los e, mais dias menos dias, serão “picados” por ela de forma tão mortífera, que os paralisará.

(Texto extraído do livro “O Código de Umbanda”, de Rubens Saraceni).



Qualidade dos filhos de Oxumaré

Alexandre Cumino



Os filhos de Oxumaré, no positivo, são extrovertidos, falantes, galantes, envolventes, comunicativos, criativos, amáveis, educados, curiosos, interrogativos e alegres;

Os filhos de Oxumaré, no negativo, são apáticos, mórbidos, fechados, sombrios, isolacionistas, solitários, auto-punidores, venenosos e aziagos;

Os filhos de Oxumaré apreciam as ciências, os estudos filosóficos, passeios em grupo, reuniões agitadas ou festivas, discursos eloqüentes e emocionantes, a política, a liderança, ser expoente no seu meio e criar coisas novas e revolucionárias, e gostam de mulheres descontraídas e descompromissadas, pois são volúveis;

Os filhos de Oxumaré não apreciam a monotonia ou a repetitividade no seu dia a dia, mulheres ciumentas, a mesma comida todo dia, locais fechados ou abafados, pessoas inoportunas (aproveitadores), pessoas de natureza irracunda, irritante ou mal humorada;

Os filhos de Oxumaré são do tipo esbelto, solto e ágil;

Os filhos de Oxumaré apreciam as coisas místicas e mágicas;

Oxumaré é o numero 11(onze), seu planeta é o mesmo de Oxum, planeta Vênus.

(Texto extraído do livro “Gênese Divina de Umbanda Sagrada”, de Rubens Saraceni).

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